Ordem e Desordem

Autores: João Gerber e Edilmares Dalmaz
E-mail para contato: gerberjo@gmail.com e edilmares.dalmaz@gmail.com
Instituição: Colégio Estadual Jayme Canet
Município / Estado: Curitiba - Paraná
Conteúdo: Mito e Filosofia - Ordem e Desordem
Série: 1 º ano do Ensino Médio

Relato

A aula foi realizada em fevereiro de 2006 no Colégio Estadual Jayme Canet, utilizando o texto Ordem e Desordem, presente no Livro Didático Público de Filosofia - tema Mito e Filosofia.

Problema: Ordem e desordem existem na realidade ou são representações de mundo criadas pelo pensamento, imaginação ou preconceito? O que é a ordem ou a desordem?

Objetivo: Levar os estudantes a reflexão sobre a ordem/desordem para compreenderem sua inserção social e as diferentes organizações de grupos sociais.

Primeiro passo: Comentários iniciais sobre filosofia e organização da pólis.

Segundo passo: divisão da turma de 40 alunos em cinco grupos, de oito pessoas. Quatro grupos desenvolviam as tarefas e um grupo avaliava, observando o comportamento dos grupos e indivíduos.

Terceiro passo: os alunos foram conduzidos ao pátio e lá, nas mesas, distribuiu-se quatro jogos de Tangram, um para cada equipe. A única regra era: montem esse quadro do tangram. Sem nenhuma orientação de como eles deveriam se organizar e nem de tempo para terminarem.

O grupo de avaliação reuniu-se a parte para saber o que observar e anotar. Decidiram observar o tempo que cada equipe levaria para montar o quadro do Tangram; a iniciativa; a liderança; o individualismo; a sociabilidade; o interesse e a organização.

Obs: Os quatro jogos de tangram distribuídos tinham a quantidade de peças necessárias de um jogo, porém estas peças estavam distribuídas em jogos diferentes e nenhum dos alunos sabia. Isso para dar a impressão de desordem e forçarem eles olharem no manual para saber quais eram as peças que compunham um Tangram.

Anotações

Grupo 1 - a aluna Sueli chamou o grupo e passou a liderar centralizando os trabalhos e alguns ficaram sem fazer nada.

Grupo 2 - todos falavam, discutiam, pareciam todos líderes.

Grupo 3 - liderados por Julia que distribuiu algumas tarefas como: alguém observa os outros grupos, outro lê o manual e outros ajudam a montar.

Grupo 4 - todos ausentes, um deixava para o outro, pareciam desinteressados.

Depois de 15min: Um dos grupos descobriu que faltavam peças e que estas estavam em outro grupo. Começou uma discussão: será que pode pegar em outro grupo? Pergunta ao professor. O professor responde: Vocês devem resolver este problema sem minha interferência (observar iniciativa). Volta a discussão até que alguém resolve conversar com outro grupo que perceberam a mesma dificuldade e trocam peças.

Quando um grupo terminava, começava outra discussão: Vamos ensinar o outro grupo? Não! vamos desmanchar para que outro grupo não veja como se monta (socializar a informação ou individualiza-la - patente). Assim que alguém tomava a iniciativa de ensinar os outros, em poucos minutos todos montavam.

Plenário

Segundo alguns alunos, no início não entendiam nada do que era para fazer. Era uma bagunça, ficavam olhando um para o outro até que alguém tomava iniciativa e as coisas tomavam rumo.

Perguntados se tinha alguma ordem, os alunos responderam que certamente tinha, mas eles não sabiam qual, e que só agora, no plenário, é que estão entendendo a dinâmica.

As anotações do grupo avaliador foi posto no quadro para que todos visualizassem e entendessem o que aconteceu.

Resultado

Ali estava escrito como funciona uma sociedade: É preciso liderança, iniciativa, organização, leis e sanções.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LPD: Livro didático público de Filosofia. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Filosofia. Curitiba: Seed, 2008.
Portal Dia a Dia Educação. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/

Recursos do Portal

Aristófanes
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Tangram de 7 peças
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